sábado, 12 de fevereiro de 2011

Corphuos


Sentiram o sol e alguns grãos de areia em suas costas que insistiam em não desgrudar-se como se fossem o amor que cultivavam um pelo outro. 
Duas lágrimas abriram caminho em seu rosto queimado, cansado e tomado de lembranças de um breve passado ainda presente em seus olhos. 
Virou-se de modo que alguns fios de sua nuca ficassem expostos e para que pudesse sentir o calor que brotava em seu ventre.
Com seus lábios quase abertos deu-se conta de que já estava sozinha e mais nada poderia fazer a não ser sentir o solo que um dia servira de testemunha para seus corpos sedentos...Por entre seus dedos agarrava e escorria o inevitável, e aquele sol que insistia em queimar por dentro... 

  

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