segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A Cultura como Fator Condicionante dos Homens


          A cultura foi e continua sendo alvo de estudos de muitos pensadores de diversas áreas do conhecimento, pois é crucial em nossas vidas. Continuamos vivos e em pleno processo de desenvolvimento evolutivo porque temos a cultura como “suporte estratégico” para nossas ações.
            Pessoas de distintas culturas utilizam-se de distintos códigos para poderem identificar-se entre si. Além disso, essa herança que nos é transmitida, também nos dá uma noção mais clara e concreta (dentro de seus preceitos) de tempo e espaço. Principalmente, temos uma referência de espaço, ou seja, de podermos nos localizar, de podermos nos situar no meio em que vivemos. Cada povo segue sua maneira específica e padronizada de manifestações culturais.
            Esses padrões são tão fortes e sólidos que a partir do momento em que identifica-se algum tipo de comportamento desviante, tem-se por conseqüência, o rechaço àquele que estaria deslocado da ordem grupal. Elementos como a postura do sujeito, modos de agir, maneiras de expressar-se, de locomover-se, entre outras, são simbolizações ou significações inseridas no enquadramento de valores e de ordem social de cada grupo.
Outra questão importante sobre o assunto, é a forma como participantes de uma mesma ordem cultural, conseguem identificar variações nos padrões expressos pela mesma. É muito comum utilizarmos de potencialidades, e nesse ponto podemos citar a tecnologia como meio para que possamos criar (porque sim, o ser humano tem necessidade de observar, de investigar e de criar). Inventamos e reinventamos objetos o tempo todo, como uma maneira de auxílio e reforço à manutenção da nossa cultura. Um exemplo clássico, é a própria televisão, que não só vai transmitir uma programação adequada à nossa percepção, como também terá seu formato físico, confortável aos nossos olhos e tato, um cabo adequado às tomadas que temos em nossas casas e provavelmente um manual escrito em nosso idioma.  É dizer, a cultura passa pelo o que mais percebemos e por tudo o que já nem pensamos, já introjetamos e dessa maneira reproduzimos.
Todas as manifestações culturais podem ser extremamente ricas e extremamente importantes em sua essência, mesmo assim, existe algo em todas elas (ou melhor, em seus integrantes) que pode tornar-se um problema muito grave para todos, o etnocentrismo. Tal tendência nos faz acreditar cegamente que nossos preceitos são os mais corretos, e por conseqüência acabamos subjugando outras culturas.
Na antiguidade, e ainda hoje, não é difícil encontrar quem pregue que seu povo ou nação foram eleitos por uma ou mais entidades divinas, gerando muitos conflitos bárbaros e duradouros. Essa dicotomia também ocorre dentro do próprio grupo, e serve como uma projeção de xenofobia e nacionalismo.
Seria interessante se pudéssemos resgatar o referencial de humanidade, e não de tornar o grupo em que vivemos e convivemos como sendo o centro “humanidade”. Compaixão, respeito e entendimento, são palavras chave para um bom convívio e trocas culturais. Todos nós fazemos parte de um só caldeirão. 

Texto: Daniel Paiva.

3 comentários:

  1. Muito bom bee!
    Me gusto muchoo! E sobre a teconologia ela também se aproveita muito da gente, desse nosso gosto pelo novo, por mudar, diferenciar e lança produtos, serviços e tudo que pode sempre que rola uma ideia nova,o que eu vejo como algo bom até certo ponto.

    Besos

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  2. Claro, segundo essa questão da tecnologia, olhando e pensando sobre a visão antropológica cultural (que nos domina e rege nossas percepções e escolhas), temos uma tendência a achar que tudo o que é novo é bom. É só alguém falar em "novo" que já associamos com algo bom, melhor e etc... E nem sempre o que é novo é realmente bom, é importante estimular o poder de crítica inclusive sobre o que a tecnologia produz. Mas até isso, de acharmos que o que é novo é bom, é uma questão cultural da nossa sociedade, existem outras sociedades que não tem essa relação toda com o tecnológico.
    Por um lado é bom, mas também nos coloca numa zona de conforto e de sempre querer tudo cada mais rápido. Acho complexo.

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  3. Acho COMPLEXO DEMAIS! [2] É um tema para escrever um grosso e bom livro!

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